Conferência sobre Meio Ambiente na Câmara de Vereadores

por nop publicado 07/06/2024 10h03, última modificação 07/06/2024 10h03

Dentre as comemorações da Semana do Meio Ambiente e em associação ao Centenário de Emancipação de Nova Prata, a Câmara Municipal de Vereadores, no contexto do Programa Câmara Debate, promoveu na noite do dia 03 de junho a ‘Conferência Mudança Climática e Políticas Públicas”, prelecionada pela professora Dra. Vânia Elisabete Schneider.

A conferencista, natural de Nova Prata, fez carreira na Universidade de Caxias do Sul como bióloga, sendo mestre pela Universidade de Campinas (SP) e doutora em saneamento pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Na conferência, Vânia Schneider abordou com profundidade – tempo e espaço – a questão da mudança de clima numa visão histórica e científica, buscando identificar as principais ações antrópicas associadas ao efeito estufa, causador da elevação da temperatura da Terra provocada pela emissão dos chamados gases de efeito estufa (dióxido de carbono, monóxido de carbono, óxidos de nitrogênio e de enxofre, metano, clorofluorcarbonos, etc.), originados principalmente da queima de combustíveis fósseis – petróleo, carvão mineral e gás natural: eis o time que ao ser queimado como combustível para geração de energia vai para a atmosfera e cria uma espécie de capa retendo os gases, (tal como funciona uma panela fechada) e impedindo a irradiação do calor que, ao ficar retido, provoca elevação de temperatura em todo o Planeta.

Com temperaturas mais altas, maior se torna o processo de evaporação, principalmente dos Oceanos, e, em consequência mudanças no ciclo hidrológico, provocando eventos extremos que ocorrem com mais frequência, intercalando secas severas e prolongadas e enchentes, do tipo que ocorreu no Rio Grande do Sul nos meses de setembro e novembro de 2023 e em maio passado.

Esse tipo de sucessão de ocorrências “deveria alertar os gestores públicos para a criação e implementação de políticas públicas para fazer-lhes frente, com especial atenção à emergência da drenagem urbana, aos planos hidrológicos e o desenvolvimento da resiliência frente a esses eventos, aprendendo com seus erros sabendo aproveitar cada oportunidade para melhorar sua postura diante dos problemas, valorizando os acertos e compreendendo os erros”, diz Vânia Schneider. Também se reportou à importância de preservação e proteção às matas ciliares, verdadeiros escudos dos arroios e rios, bem como os banhados, esponjas que absorvem em época de abundância de chuvas e libera nos períodos de menor pluviosidade. Aprender é palavra mais que mágica, é de aprendizagem que capacita os indivíduos a compreenderem o ambiente que os cerca, conviver com ele e a se adaptarem às mudanças constantes, principalmente futuras, nesse eterno devir que não para de fluir.